Agradecimentos Especiais

AGRADECIMENTOS ESPECIAIS: - VALDIR FERREIRA DE SOUZA - O grande ''Azambuja'', o mago da informática, poeta emérito, ninja do mais alto DAN e amigo dileto que teve papel cardinal na preparação, composição e arte final do livro (Diversas Minas de Versos). Para ele os méritos da apresentação visual. - WENCESLAU TEIXEIRA MADEIRA - Cuja a sensibilidade poética por certo o levará ao céu.

Novo e-mail:diversasminasdeversos@gmail.com

sexta-feira, 16 de novembro de 2012

Monólogo de Gratidão (A minha querida bengala, que embora inerte me ajuda a ir)



Por: Kener Pereira Coutinho Neves

(Benoni Coutinho Neves) – 16/17


Eu gosto de você minha bengala
E esse gostar que bem no fundo cala
Irá comigo até minha partida.
Nos encontramos, dois necessitados
Eu precisando apoio de um cajado
E tu de alguém que transmitisse vida
 
Troquei tua roupa, te fiz forte e bela
Quem te vê hoje não diz ser aquela
Feia, encardida e pelo chão jogada.
Pus adereços, te dei forma e cor
Empreguei arte, gosto e muito amor
Te preparei para seguir jornada

Primeiros passos pra nos conhecermos
Se adaptando, chegando a bons termos
Buscando sempre um bom entrosamento.
Te adaptaste a mim como uma luva
Me acostumei a ti qual vinho à uva
E estamos juntos por todo este tempo

Andamos por lugares bem distantes
Longínquas terras, pastos verdejantes
Sertões bravios, sol abrasador,
Palácios ricos cheios de beleza
Palhoças feitas só de natureza
Tendo por patrimônio a fome e a dor

Atravessamos pontes, avenidas,
Cruzamos alamedas tão floridas
Subimos edifícios altaneiros.
Pisamos solo fértil, plantações,
Asfalto, lama suja, inundações,
Entramos em Igrejas e Mosteiros

Juntos lutamos contra desafetos
Contigo ao alto lancei meus protestos
Fui respeitado com você nas mãos.
Te dei maus tratos, você nem ligava
E assim cada vez mais eu confiava
Em ti sob qualquer situação

E “pari passu” iremos caminhando
Até um dia, só Deus sabe quando
Te deixarei definitivamente.
Tu ficarás servindo a quem te tome
Serei lembrado, em ti gravei meu nome
Com gratidão e amor, notadamente.

Levar-me-ás ao meu último abrigo
Dali a consciência irá comigo
Ouvir a voz de Deus que a tudo cala
E se Ele perguntar-me o que desejo,
Se alguma ajuda pra seguir almejo
Eu pedirei: Senhor, minha bengala!

2 comentários:

  1. Muito comovente esta poesia. Meu primo realmente sempre teve o dom de escrever coisas maravilhosas. Uriel Coutinho. Recife.

    ResponderExcluir
  2. Meus e-mails : amizadecomprazer@gmail.com. (laserazul@sapo.pt )

    ResponderExcluir