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sexta-feira, 16 de novembro de 2012

Monólogo de Gratidão - (Ao meu despertador, que embora mudo me chama à vida)



Monólogo de Gratidão - (Ao meu despertador, que embora mudo me chama à vida)

Por: Kener Pereira Coutinho Neves

(Benoni Coutinho Neves)  -  48/49

Despertador, meu velho amigo e companheiro
Que me acompanha desde a minha mocidade
Sem nunca visitar nenhum relojoeiro
Embora tarde, quero eu ser o primeiro
A agradecê-lo por tanta felicidade

Ganhei você de minha mãe como um presente
Uma lembrança de meu pai já falecido
Um “relojão” muito bonito e reluzente
Com mostrador bem grande, bem fosforescente
E campainha que arrebenta meu ouvido

Desde o Colégio você me regula a vida
Horas de estudo, de dormir de acordar
E foi por isso que nunca tive perdida
Nenhuma chance de chegada ou de partida
Quando esperava alguém ou ia viajar

Por muitas vezes fiquei com você zangado
Principalmente quando ia dormir tarde
Você tocava a campainha e eu “pregado”
Me levantava tropeçando, olhar pesado                                                                                                        Pra desligar depressa o seu enorme alarde

Você também pregou-me peças, alguns sustos:
Me despertava em dias feriados
Deixava que eu dormisse o bom sono dos justos  
Enquanto a inflação voraz subia os custos
E ao acordar me via com menos cruzados

Mais algum tempo e desta vida eu partirei
Logo que as dívidas do Carma eu resgatar
Como Espírito aos Céus subirei
Como Matéria para sempre dormirei
Porque jamais eu ouvirei seu despertar.

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