Agradecimentos Especiais

AGRADECIMENTOS ESPECIAIS: - VALDIR FERREIRA DE SOUZA - O grande ''Azambuja'', o mago da informática, poeta emérito, ninja do mais alto DAN e amigo dileto que teve papel cardinal na preparação, composição e arte final do livro (Diversas Minas de Versos). Para ele os méritos da apresentação visual. - WENCESLAU TEIXEIRA MADEIRA - Cuja a sensibilidade poética por certo o levará ao céu.

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segunda-feira, 9 de agosto de 2010

ASILO DE VELHOS

Por: Kener Pereira Coutinho Neves

(Benoni Coutinho Neves) - 105 / 106

Nas alamedas de um vasto casarão
Caminham almas que o tempo apenou
São criaturas que ali vegetarão
Presas a sonhos que jamais esquecerão
Sendo a velhice o crime que os condenou

As pernas trôpegas negando-se a andar
Mãos a tremer, peito encurvado, olhar sem brilho
Lábios silentes, ouvidos sem escutar
O coração já sem razão pra se alegrar
Sem a visita de parentes, de um filho

Outrora belos, jovens, cheios de alegria
Trabalhadores, ágeis fortes quais atletas
Fazendo planos quando em noites de estesia
Sonhando alto a pregar sua homilia
Prevendo a vida como se fossem profetas

Mulheres tristes, com seus rostos macilentos
Mas que ainda guardam certa formosura
Procuram ver na solidão dos seus tormentos
As alegrias de alguns doces momentos
Que a saudade transformou em amargura

Longe dali, Além dos portões seculares
Vivem seus entes que já foram seus amores
São egoístas que vegetam em seus lares
São maus, são frios como a luz dos lupanares
Que mostra só a bela face dos horrores

Interessante será quando envelhecerem;
Seus descendentesvão seguir o mesmo estilo
E a medida em que já velhos dependerem
Será normal se todos eles padecerem
Até que a morte abram as portas do asilo.

O MEU DENTISTA

Por: Kener Pereira Coutinho Neves

(Benoni Coutinho Neves) - 107

(À Sergio Naves Fernandes, um dentista, artista de Deus)

Você esta vendo este sorriso em seu rosto
Tenho certeza que traduz felicidade
A minha alma também ri com muito gosto
Já que meu visual mudou, e isto posto
Quero mostrá-lo a todo povo da cidade.

O meu espelho me dizia com fraquência
Que eu procurasse um escritor, um bom artista
Pra refazer a minha boca com urgência
E eu encontrei alguém com muita paciência
Um fabricante de beleza: O meu dentista.

MEU MÉDICO

Por: Kener Pereira Coutinho Neves

(Benoni Coutinho Neves) - 108

(À Tadeu Damasio, um médico que conhece o Grande Médico)

Olhem prá mim e vejam que saúde
Olhar ativo, de bem com a vida
Passos seguros, passos amiúde
Achando que o mundo é uma virtude
E a raça humana a coisa mais querida

A minha aura não é mais escura
Já que meus órgãos vivem plenamente
A minha pele tem nova textura
Em consequência a minha mente é pura
Como quem vai viver eternamente

Mas tudo isto tem um só motivo
É o meu médico, em quem confio
Os seus conselhos sigo sempre ativo
Deixei de ser um doente cativo
Prá ver a vida como um desafio.

PRECE DE UM ROTARIANO

Por: Kener Pereira Coutinho Neves

(Benoni Coutinho Neves) - 109

(À Eduardo Luiz de Souza, um médico que vive para servir)

Senhor Jesus, Amigo, Mestre e Companheiro
Abençoai a todos nós Rotarianos
Dá que eu inspire confiança ao meu parceiro
Que eu seja justo, prestimoso e verdadeiro
Que eu veja irmão em todos os seres humanos

Que minha vida seja um ato de bondade
Principalmente para aqueles mais carentes
Que eu encontre sempre a felicidade
Todas as vezes que pratique a caridade
Entre os mais velhos, as crianças, os doentes...

Dá que eu tenha paciência de ouvir
E condições prá cada vez mais eu fazer
Nesta missão que faz-me crente no porvir
Porque aquele que não vive prá servir
Também por certo não servirá para viver.

domingo, 8 de agosto de 2010

SAGA SERTANEJA

Por: Kener Pereira Coutinho Neves

(Benoni Coutinho Neves) - 110 / 111

Mal surge o dia
Inda nem raiou o sol
Orvalho cor do arrebol
Já respira pelo chão
É suor
Na fronte do sertanejo
Que é vida, calor e desejo
De transformar o sertão

O sertanejo
Sobretudo é um forte
Não espera pela sorte
Crê em Deus e em suas mãos
Com uma enxada
Ou no lombo de um cavalo
Sem ninguém para ajuda-lo
Ele ajuda outros irmãos

Vai sertanejo vai!
Acreditando no lugar, ''cabra da peste''
Vem sertanejo vem!
Por tua causa ainda creio no Nordeste

Lá o vaqueiro
Não nasce em berço de ouro
Vive e morre usando o couro:
Perneira, bota e gibão
Luva, chapeu
Chinelo, cinto e chicote
E a bainha do facão

Vem outra seca
Outro ano, outra era
O sertão inteiro espera
Com fé, fazendo oração
Pensando as vezes
Que o todo-poderoso
Vendo um povo fervoroso
Foi ver outra região

Vai sertanejo vai!
Acreditando no lugar, ''cabra da peste''
Vem sertanejo vem!
Por tua causa ainda creio no nordeste.

E DA-ME O DOM DE SER POETA

Por: Kener Pereira Coutinho Neves

(Benoni Coutinho Neves) - 112 / 113

Meu Deus, como eu queria ser poeta!
Saber usar a métrica perfeita
Rimar os sons iguais, ser um esteta
Usar de uma linguagem que enfeita

Queria saber versejar bonito
Falar sobre o amor tão belo e puro
O amor que faz o tempo infinito
E faz o espaço além do nosso muro

Louvar as obras da mãe natureza
Com toda esta beleza que nos cerca
Das flores nuas em sua pureza
Até o bom estrume que as esterca

Contar todos os feitos da história
As coisas do passado e do presente
E projetar um futuro de glória
Em que o centro de tudo fosse a gente

Lembrar os monumentos seculares
Que guardam dos seus povos os mistérios
Pirâmides, muralhas e pilares
Igrejas, grutas, torres, monastérios

Rimar todos os salmos de Daví
Compor os cantares de salomão
Metrificar provérbios, onde ví
O sim ser sempre sim e o não ser não

Poesia que não tem métrica e rima
Não passa de uma prosa, simplesmente
É como um violão faltando a ''prima''
Uma linda mulher faltando um dente

É só inspiração, nenhuma arte
É como alguém fluente no falar
Escrevendo o que diz, parte por parte
Dizer é diferente de rimar

Poeta é o garimpeiro da palavra
A mente calculista, alma inquieta
O mundo de beleza é sua lavra
Meu Deus; Como eu queria ser poeta

REQUIEM PARA O MAESTRO ROZENDO

Por: Kener Pereira Coutinho Neves

(Benoni Coutinho Neves) - 114

Este teu povo lembrar-se-á com saudade
Tua regência à frente da corporação
E cada praça, e cada canto da Cidade
Se alegrará sabendo que na eternidade
Tu estarás regendo sons noutra missão.

FINAL DE PRECE

Por: Kener Pereira Coutinho Neves

(Benoni Coutinho Neves) - 115

(Uma prece para a minha querida mãe Ana Coutinho de Araújo)

Senhor;
Dá que eu não seja filho da orfandade
Que eu tenha sempre as bençãos de mamãe
Que pare o tempo, que não haja idade
Que eu seja infante e beijos sempre ganhe

Quero palmadas quando errar sabendo
Quero conselhos para nunca errar
Quero incentivo prá seguir fazendo
Quero indulgência quando eu pecar

Eu te agradeço por tudo que tenho
Principalmente, pelo que me ufana
E que merece todo o meu empenho:
É ser filho de uma santa ANA.

Amém

Que tenhas de DEUS o amor que nos deste.

Em nome dos teus filhos e filhas.

UMA CANÇÃO PARA MAMÃE

Por: Kener Pereira Coutinho Neves

(Benoni Coutinho Neves) - 116

Que bom ter você entre nós
Mamãe Ana Coutinho
Que bom escutar sua voz
Tão cheia de carinho
Quem dera esse amor que existe
Entre nós seja eterno
E o tempo que passa por nós
Seja sempre moderno.

Ves?
O quanto te queremos bem
A noite vai e o dia vem
A vida é um eterno sonhar
Mas, se o sonho prá mim é real
E a vida é um grande ideal
Não quero jamais acordar.

Que bom que o céu te legou
Este ventre fecundo
E as jóias que ele gerou
As mais belas do mundo
Também se multiplicarão
Cada vez mais e mais
E todos assim saberão
Que somos imortais

Ves?
O quanto te queremos bem
A noite vai e o dia vem
A vida é um etrno sonhar
Mas, se o sonho prá mim é real
E a vida é um grande ideal
Não quero jamais acordar.

PENÚLTIMO VERSO

Por: Kener Pereira Coutinho Neves

(Benoni Coutinho Neves) - 117

Escreverei meu penúltimo verso
Menos disperso, com sabor de fim
Como um jasmim que em rosas submersos
Se esvai imarso num belo jardim

Não sentirei dos mortos a agonia
Já que a poesia me faz imortal
Serei real em meio à fantasia
Na estasia que sente um jogral

Aguardarei impávido, silente
Que o poente cumpra o seu dever
Com o poder da aurora renascente
Volvo contente; volto a escrever.

REQUIEM PARA O POETA

Por: Kener Pereira Coutinho Neves

(Benoni Coutinho Neves) - 118

Repousa nesta humilde sepultura
Um homem que em meio à amargura
Aprendeu a amar e a sorrir
Que teve a tranquila consciência
Pelo que praticou nesta existência
De nunca envergonhar-se do porvir

Considerou irmãos seus semelhantes
As amizades, ricos diamantes
Em taças de amores submersos
E ao cumprir seu tempo nesta vida
E recomeçar tudo nesta lida
Por certo lá estará fazendo versos.

SINTONIA

Por: Kener Pereira Coutinho Neves

(Benoni Coutinho Neves)

Eu quero que alguém leia meus versos
Quem sabe chegue até a decora-los
E prazeirosamente recitá-los
Em meio à emoção de sons dispersos

Que seja alguém com sensibilidade
Em sintonia com meus pensamentos
Compartilhando dos meus sentimentos
No plano de uma mesma afinidade.

Então neste momento fluirei
Tal qual uma emissão transcedental
E uma comunicação mental
Por certo saberá que sorrirei.

sábado, 7 de agosto de 2010

TRIBUTO À PAZ

(Benoni Coutinho Neves)

Em qual planeta encontrarei a paz?
De qual matéria ela é feita ou quem a faz?
O que é preciso se fazer prá consegui-la?
Qual é o preço para te-la ou possuí-la?
Olho para o céu tentando ver uma resposta
Escuto o vento para ouvir uma proposta.
Concentro a mente procurando alguma pista.
Contemplo o mar, até onde alcança a vista.

Fechando os olhos perguntei prá mim mesmo:
Porque tão longe sair procurando a esmo?
Lembrei que o homem tenta desbravar a lua.
Mas não procura conhecer quem mora em sua rua.
Ví que bem perto estava a felicidade.
Era preciso apenas fazer amizade,
Distribuir sorrisos e encontrar a paz
Viver feliz, achar Jesus: E nada mais.