Por: Kener Pereira Coutinho Neves
(Benoni Coutinho Neves) - 65/66
Dizem que o tempo foi ao tempo perguntar
Qual é o tempo de que o tempo dispunha
Então o tempo respondeu sem vacilar:
É menos tempo do que o tempo supunha
Levanto o braço e lá está você me olhando
Me avisando que o tempo está correndo
E eu morrendo, já que a vida vai passando
E debitando o tempo que se vai perdendo
Achei você em uma rua empoeirada
Pouco habitada, em um bairro do Recife
Algum patife com a ''cuca'' embreagada
Em disparada fugindo de algum ''xerife''
Me aproximando, segurei-o com firmeza
Uma riqueza que era só minha agora
Foi nesta hora que me veio a ''esperteza''
Com sutileza de repente ''caí fora''
Desta maneira começamos nossa história
Meio simplória mas é a pura verdade
Sem falsidade, guardo tudo na memória
Acho uma glória com pra posteridade
Estamos juntos há bem tempo: - trinta anos
Nunca os profanos viram seu interior
Só mostrador, a caixa e três ponteiros planos
Sem ter engano; você é superior
No seu trabalho, você sempre implacável
Insuportável às vezes chegava a ser
Eu sem poder modificar o inalterával
Imponderável nada podia fazer
Eu também tenho outro relógio: - no meu peito
Meio sem jeito mas está funcionando
Ele parando eu deitarei no eterno leito
E com respeito ouvirei DEUS me chamando
A diferênça é que você o tempo mede
E nada pede além de um pouco de cuidado
Já o ''citado'' mede a vida e nada cede
E tudo impede quando não é bem tratado
Você é algema que o tempo utilizou
E me algemou como escravo a vida inteira
Por brincadeira um ''tique-taque'' colocou
E embelezou seu visual de outra maneira
Já seu colega, creio que nasceu cansado
Vive enfadado, às vezes pregando susto
Não acho justo ter que viver assustado
Mas, conformado vou vivendo a qualquer custo
Pra melhorar um pouco esta situação
Com gratidão levo você ao relojoeiro
Levo primeiro ao Doutor meu coração
Com revisão este poeta fica inteiro.
AGRADEÇO: A Deus - pelo dom das vidas e naturalidade da morte. Aos Amigos - A quem beijo com a alma e abraço com o coração. Ao Meu Violão - Irmão gêmeo que me ajuda a dizer. À Minha Bengala - Querida companheira, que embora inerte, me ajuda a ir. A A. de Castro Alves - Meu espírito parceiro.DEDICO: Aos meus filhos: Kener, Kilder e Kilson. Aos meus netos: Yargo, Thayan, Kevin, Heitor, Letícia, Murilo e aos que virão. Aos demais parentes e amigos.
Agradecimentos Especiais
AGRADECIMENTOS ESPECIAIS: - VALDIR FERREIRA DE SOUZA - O grande ''Azambuja'', o mago da informática, poeta emérito, ninja do mais alto DAN e amigo dileto que teve papel cardinal na preparação, composição e arte final do livro (Diversas Minas de Versos). Para ele os méritos da apresentação visual. - WENCESLAU TEIXEIRA MADEIRA - Cuja a sensibilidade poética por certo o levará ao céu.
Novo e-mail:diversasminasdeversos@gmail.com
Novo e-mail:diversasminasdeversos@gmail.com
segunda-feira, 12 de dezembro de 2011
segunda-feira, 23 de maio de 2011
Deusa de Pedra
Por: Kener Pereira Coutinho Neves
(Benoni Coutinho Neves) - 67
Balança pra pesar justiça
Espada lembrando temor
Nos olhos a venda postiça
Nas vestes um total pudor
Um corpo esculpido em pedra
Um rosto sem falso sorriso
Um peito onde o ódio não medra
Um imponente altar do ciso
Que pena, tua voz calada
Teu olhos que não tem visão
Ouvidos que não ouvem nada
Espada abaixada ao chão
Quem dera que tivesses vida
Perfeito e justo um coração
Verias a razão falida
Justiça a golpes de facão
Tu foste o escudo da sentença
Que condenou mestre Jesus
E hoje em tua presença
Mais inocentes vão a cruz
Um dia por entre os escombros
Nasce o sol no mausoléu
Feridas sangrando nos ombros
Estrelas brilhando no céu
(Estrela pregadas nos ombros
Não são as que brilham no céu)
(Benoni Coutinho Neves) - 67
Balança pra pesar justiça
Espada lembrando temor
Nos olhos a venda postiça
Nas vestes um total pudor
Um corpo esculpido em pedra
Um rosto sem falso sorriso
Um peito onde o ódio não medra
Um imponente altar do ciso
Que pena, tua voz calada
Teu olhos que não tem visão
Ouvidos que não ouvem nada
Espada abaixada ao chão
Quem dera que tivesses vida
Perfeito e justo um coração
Verias a razão falida
Justiça a golpes de facão
Tu foste o escudo da sentença
Que condenou mestre Jesus
E hoje em tua presença
Mais inocentes vão a cruz
Um dia por entre os escombros
Nasce o sol no mausoléu
Feridas sangrando nos ombros
Estrelas brilhando no céu
(Estrela pregadas nos ombros
Não são as que brilham no céu)
Réquiem Para um Condenado
Por: Kener Pereira Coutinho Neves
(Benoni Coutinho Neves) 68/69
(Tributo à Wladimir Herzog, Manoel Fiel, Rubens Paiva e aos demais citados no livro ``Brasil Nunca Mais``)
A porta que se bate ao rosto
O rio que não dá passagem
O pão que se come sem gosto
Olhares que não deixam margem
A noite que escondeu a lua
O dia que nasceu sem sol
A vida que é tão dura e crua
Um lago preso num atol
A fé que se esvai na luta
O dedo em riste acusador
A santa que nasceu na gruta
Amantes que não dão amor
A mão que não se estende aberta
A língua que destila fel
Um laço que sufoca e aperta
A missa cantada em bordel
Inveja que nasceu no berço
Esmola atirada ao chão
A reza que não tem no teço
E passos que não pisam ao chão
A lei que foi feita prá louco
A grade que divide a rua
Milhões que para uns é pouco
Pobreza é corpo e alma nua
O grito que sai num cochicho
O diabo construindo a cruz
Cristãos com caração de bicho
Ladrões ao lado de Jesus
A vela que ilumina a morte
Verão que sempre foi inverno
Azar que se casou com a sorte
Aplausos ao entrar no inferno
O acaso que foi planejado
A arma que tem pontaria
A corda para um enforcado
A vida sem ter noite e dia
A mente se transforma em alma
O corpo se transforma em flor
A voz já conquistou a calma
Já não há mais riso nem dor
Refrão
Mas é muita coincidência
É muita patifaria
Viva sabendo o que faz
O relógio do tempo
Não anda pra trás
(Benoni Coutinho Neves) 68/69
(Tributo à Wladimir Herzog, Manoel Fiel, Rubens Paiva e aos demais citados no livro ``Brasil Nunca Mais``)
A porta que se bate ao rosto
O rio que não dá passagem
O pão que se come sem gosto
Olhares que não deixam margem
A noite que escondeu a lua
O dia que nasceu sem sol
A vida que é tão dura e crua
Um lago preso num atol
A fé que se esvai na luta
O dedo em riste acusador
A santa que nasceu na gruta
Amantes que não dão amor
A mão que não se estende aberta
A língua que destila fel
Um laço que sufoca e aperta
A missa cantada em bordel
Inveja que nasceu no berço
Esmola atirada ao chão
A reza que não tem no teço
E passos que não pisam ao chão
A lei que foi feita prá louco
A grade que divide a rua
Milhões que para uns é pouco
Pobreza é corpo e alma nua
O grito que sai num cochicho
O diabo construindo a cruz
Cristãos com caração de bicho
Ladrões ao lado de Jesus
A vela que ilumina a morte
Verão que sempre foi inverno
Azar que se casou com a sorte
Aplausos ao entrar no inferno
O acaso que foi planejado
A arma que tem pontaria
A corda para um enforcado
A vida sem ter noite e dia
A mente se transforma em alma
O corpo se transforma em flor
A voz já conquistou a calma
Já não há mais riso nem dor
Refrão
Mas é muita coincidência
É muita patifaria
Viva sabendo o que faz
O relógio do tempo
Não anda pra trás
A Sangue Frio
Por: Kener Pereira Coutinho Neves
(Benoni Coutinho Neves) - 70
Na mira de um rifle, uma vida pendente
Um dedo ao gatilho, um covarde, demente
A bala da arma está pronta a sair
Vai deixar um corpo sangrando ao cair
Coronha apoiada o tiro aguardando
O olho esquerdo bem lento fechando
Os dentes cerrados, a mão sem tremer
Respiração lenta, no peito o prazer
Na mente, o viver bem despeocupado
No bolso o dinheiro do preço acertado
Espírito fraco num corpo bem forte
Espírito forte num corpo bem fraco
A agulha da arma já está recuada
A alça de mira já foi regulada
A linha de tiro visa um coração
Que pulsa em paz, com amor e afeição
É chegada a hora, o dedo se curva
Mas sente a ardência, a vista se turva
A arma lhe pesa e escapa da mão
Alguém lhe amparando é a última imagem
Um rosto inocente - E a grande viagem
Espírito fraco num corpo bem forte
Espírito forte num corpo bem fraco.
(Benoni Coutinho Neves) - 70
Na mira de um rifle, uma vida pendente
Um dedo ao gatilho, um covarde, demente
A bala da arma está pronta a sair
Vai deixar um corpo sangrando ao cair
Coronha apoiada o tiro aguardando
O olho esquerdo bem lento fechando
Os dentes cerrados, a mão sem tremer
Respiração lenta, no peito o prazer
Na mente, o viver bem despeocupado
No bolso o dinheiro do preço acertado
Espírito fraco num corpo bem forte
Espírito forte num corpo bem fraco
A agulha da arma já está recuada
A alça de mira já foi regulada
A linha de tiro visa um coração
Que pulsa em paz, com amor e afeição
É chegada a hora, o dedo se curva
Mas sente a ardência, a vista se turva
A arma lhe pesa e escapa da mão
Alguém lhe amparando é a última imagem
Um rosto inocente - E a grande viagem
Espírito fraco num corpo bem forte
Espírito forte num corpo bem fraco.
segunda-feira, 28 de março de 2011
OS LIMITES DE DEUS
Por: Kener Pereira Coutinho Neves
(Benoni Coutinho Neves) - 71/72
Se a noite desce sobre mim
O seu manto escuro
Se o sol projetar sobre mim
Seu dourado tão puro
Então lembrarei dos extremos
Que a vida oferece
E agradecerei ao meu Deus
Através de uma prece
Se a seca alcançar a pastagem
E tudo secar
Se o rio invadir a pastagem
E tudo brotar
Também lembrarei dos extremos
Que a vida oferece
E agradecerei ao meu Deus
Através de uma prece
Se a morte se fizer presente
E levar-me consigo
Se a vida alongar o presente
E eu viver mais comigo
Eu meditarei nos extremos
Que a vida oferece
E agradecerei ao meu Deus
Através de uma prece
Pelo que me falta na vida
E muito careço
Por tudo o que tenho na vida
E nem sei se mereço
É que eu bendigo aos extremos
Que a vida oferece
E alegre agradeço ao meu Deus
Através de uma prece.
(Benoni Coutinho Neves) - 71/72
Se a noite desce sobre mim
O seu manto escuro
Se o sol projetar sobre mim
Seu dourado tão puro
Então lembrarei dos extremos
Que a vida oferece
E agradecerei ao meu Deus
Através de uma prece
Se a seca alcançar a pastagem
E tudo secar
Se o rio invadir a pastagem
E tudo brotar
Também lembrarei dos extremos
Que a vida oferece
E agradecerei ao meu Deus
Através de uma prece
Se a morte se fizer presente
E levar-me consigo
Se a vida alongar o presente
E eu viver mais comigo
Eu meditarei nos extremos
Que a vida oferece
E agradecerei ao meu Deus
Através de uma prece
Pelo que me falta na vida
E muito careço
Por tudo o que tenho na vida
E nem sei se mereço
É que eu bendigo aos extremos
Que a vida oferece
E alegre agradeço ao meu Deus
Através de uma prece.
TELEPATIA
Por: Kener Pereira Coutinho Neves
(Benoni Coutinho Neves) - 73
Pela primeira vez que a vi, estava me olhando
Cenho francino, me busca sintonia
Eu presenti que alguém estava me chamando
E nesse clima fomos nos aproximando
Na mais perfeita forma de telepatia
Éramos dois seres sem nome; só amantes
Se completando como as rimas de um verso
Tendo a certeza de que amores errantes
Cedo se encontram transformando estes instantes
Na mais sublime e individual lei do universo
Nossos olhares - nos olhavam silentes
Sobre os meus ombros os seus braços se apoiaram
Sua cintura estavam em minhas mãos potentes
Logo a seguir, como é normal, beijos ardentes...
Num breve tempo nossos olhos se fecharam
Cruzou os braços e ergueu-os com destreza
Despiu as vestes coloridas, de algodão
Vestu seu corpo com o manto da pureza
Botou no rosto um sorriso de beleza
E me entregou seu corpo e seu coração.
(Benoni Coutinho Neves) - 73
Pela primeira vez que a vi, estava me olhando
Cenho francino, me busca sintonia
Eu presenti que alguém estava me chamando
E nesse clima fomos nos aproximando
Na mais perfeita forma de telepatia
Éramos dois seres sem nome; só amantes
Se completando como as rimas de um verso
Tendo a certeza de que amores errantes
Cedo se encontram transformando estes instantes
Na mais sublime e individual lei do universo
Nossos olhares - nos olhavam silentes
Sobre os meus ombros os seus braços se apoiaram
Sua cintura estavam em minhas mãos potentes
Logo a seguir, como é normal, beijos ardentes...
Num breve tempo nossos olhos se fecharam
Cruzou os braços e ergueu-os com destreza
Despiu as vestes coloridas, de algodão
Vestu seu corpo com o manto da pureza
Botou no rosto um sorriso de beleza
E me entregou seu corpo e seu coração.
SUBLIME - IDADE
Por: Kener Pereira Coutinho Neves
(Benoni Coutinho Neves) - 74/75
Sublimidade
É amar a existência
Transmitir experiência
Ensinando com prazer
Está esperto
Nunca cair no marasmo
Pois somente tem espasmos
Quem não tem o que fazer
É não ligar
Pra posicões planetárias
Confiar nas coronárias
Ter um pouca mais de fé
Sempre lembrando
Que raiva pode matá-lo
Que a morte vem a cavalo
E a vida vai a pé
Sublimidade
É sentir-se remoçado
Bem feliz, cantarolando
Programar o amanhã
Ver que o futuro
Não está dentro do quarto
E renascer noutro parto
Numa vida mais louçã
Levantar cedo
Pra amar a natureza
Procurar ver a beleza
Onde outros nada vêm
Manter a calma
Inspirar tranquilidade
Praticar fraternidade
Com o irmãos que nada têm
Sublimidade
É além de tudo crer
Que as marcas do sofre
São as provas que venceu
E que as cãs
São albornozes da alma
E as rugas são as palmas
Louros que a vida lhe deu
Assim eu vivo
É minha filosofia
Se não tenho o que eu queria
Tenho além de quem não tem
A minha idade
Não é mais um algarismo
É a soma do ecletismo
De quem sempre diz AMÉM.
(Benoni Coutinho Neves) - 74/75
Sublimidade
É amar a existência
Transmitir experiência
Ensinando com prazer
Está esperto
Nunca cair no marasmo
Pois somente tem espasmos
Quem não tem o que fazer
É não ligar
Pra posicões planetárias
Confiar nas coronárias
Ter um pouca mais de fé
Sempre lembrando
Que raiva pode matá-lo
Que a morte vem a cavalo
E a vida vai a pé
Sublimidade
É sentir-se remoçado
Bem feliz, cantarolando
Programar o amanhã
Ver que o futuro
Não está dentro do quarto
E renascer noutro parto
Numa vida mais louçã
Levantar cedo
Pra amar a natureza
Procurar ver a beleza
Onde outros nada vêm
Manter a calma
Inspirar tranquilidade
Praticar fraternidade
Com o irmãos que nada têm
Sublimidade
É além de tudo crer
Que as marcas do sofre
São as provas que venceu
E que as cãs
São albornozes da alma
E as rugas são as palmas
Louros que a vida lhe deu
Assim eu vivo
É minha filosofia
Se não tenho o que eu queria
Tenho além de quem não tem
A minha idade
Não é mais um algarismo
É a soma do ecletismo
De quem sempre diz AMÉM.
SUPERSTIÇÃO
Por: Kener Pereira Coutinho Neves
(Benoni Coutinho Neves) - 76/77
No bolso um pé de coelho embalsamado
Pescoço com colares e miçangas
A reza pra ter o corpo fechado
Num patuá com outras bugigangas
Um ''13'' trabalho em ouro puro
Cravado com brilhantes de um quilate
Pra iluminar qualquer caminho escuro
E conseguir vitória sem debate
Em casa, mais de vinte ferradura
Pregadas nas paredes e nas portas
Benzidas as chaves e fechaduras
E mais dois chifres com as pontas tortas
Jamais passar por baixo da escada
Sair na mesma porta onde entrou
Se gato preto cruzar a estrada
Não mais passar por onde ele cruzou
Ler o horóscopo de manhãzinha
Seguindo sua orientação
Rezar de tráz pra frente a ladainha
Com um pé no sapato, outro no chão
Jamais usar o pé esquerdo antes
Ao acordar ou transpor os portais
Comprar estatuetas de elefantes,
Corujas, Budas em seus pedestais
... ... ... ... ... ... ... ... ... ...
E seguem por aí outras besteiras
Atormentando a vida desta gente
Um povo acreditando em asneiras
Bem mais do que num Deus onipotente
Ainda bem que que não creio em feitiço
Nem dou nenhum valor ao feiticeiro
Um talismã pra mim é deus postiço
O medo faz o homem prisioneiro
Comigo só carrego uma bengala
Com ela me sinto mais que perfeito
Pra não chutar a sorte sem prová-la
Por sorte Deus Tirou-me o pé direito.
domingo, 27 de março de 2011
CONTAGEM REGRESSIVA
Por: Kener Pereira Coutinho Neves
(Benoni Coutinho Neves) - 78
Este carvão que queima em tua churrasqueira
Aquelas áchas que te aquecem a lareira
Aqueles tiços que esquentam teu fogão
Há pouco tempo foram árvores frondosas
Que há muito tempo denominaram majestosas
Nalguma mata, na floresta ou num capão
A maioria, ninguém quem plantou
Infelizmente todos sabem quem cortou
Argumentando ser em nome do progresso
É interessante como o ser humano é mau
Mata uma árvore tronando-se um pau
E não replanta, não recicla o progresso
Mais um milênio e se acaba a natureza
A vastidão da terra será da aspereza
E nunca mais nascerão plantas neste chão
A raça humana em agonia derradeira
Não mais terá nem um pedaço de maneira
Pra fabricar nem mesmo o seu próprio caixão
(Benoni Coutinho Neves) - 78
Este carvão que queima em tua churrasqueira
Aquelas áchas que te aquecem a lareira
Aqueles tiços que esquentam teu fogão
Há pouco tempo foram árvores frondosas
Que há muito tempo denominaram majestosas
Nalguma mata, na floresta ou num capão
A maioria, ninguém quem plantou
Infelizmente todos sabem quem cortou
Argumentando ser em nome do progresso
É interessante como o ser humano é mau
Mata uma árvore tronando-se um pau
E não replanta, não recicla o progresso
Mais um milênio e se acaba a natureza
A vastidão da terra será da aspereza
E nunca mais nascerão plantas neste chão
A raça humana em agonia derradeira
Não mais terá nem um pedaço de maneira
Pra fabricar nem mesmo o seu próprio caixão
MONÓLOGO DE GRATIDÃO
Por: Kener Pereira Coutinho Neves
(Benoni Coutinho Neves) - 79/80
(À minha querida caneta, porta-voz da minha alma)
Sobre o papel a deslizar macia
Obedescendo aos impulsos da mão;
Desta maneira entre nós nascia
E ao passar o tempo mais crescia
Uma interessante afeição
Muitas canetas usei vida afora
Recordo algumas com muita saudade
Mas só você existe até agora
Quanto mais uso tanto mais melhora
É a maior peculiaridade
Caneta é como agulha de vitrola:
Só tem razão de ser se o disco gira
Escrita é voz sem som que não se evola
Somente a imaginação controla
De fato a emoção que a inspira
Eu acho que você também tem alma
Pois interpreta as coisas que eu penso
Principalmente se me foge a calma
Você parece estar um trauma
E mostra fielmente que estou tenso
Estando calmo então é diferente
As letras e mensagens são perfeitas
A mão pega você suavemente
Traçando no papel curvas bem feitas
Relembro as mensagens que escrevemos
Em prosa, verso, frases, orações
Ditamos otimismo, convencemos
Vibramos as paixões, satisfazemos
Com as palavras de nossas canções
Eu vou ficando velho e você gasta
Às vezes a mão treme e você risca
Então eu me concentro mas não basta
E a caligrafia se contrasta,
Não sei quem é de nós quem mais rabisca
Já não nos vemos com intensidade
Meus dias são menores que os seus
Mas deixaremos pra posteridade
Escritos nos postais da eternidade
O fim de outro começo: NOSSO ADEUS.
(Benoni Coutinho Neves) - 79/80
(À minha querida caneta, porta-voz da minha alma)
Sobre o papel a deslizar macia
Obedescendo aos impulsos da mão;
Desta maneira entre nós nascia
E ao passar o tempo mais crescia
Uma interessante afeição
Muitas canetas usei vida afora
Recordo algumas com muita saudade
Mas só você existe até agora
Quanto mais uso tanto mais melhora
É a maior peculiaridade
Caneta é como agulha de vitrola:
Só tem razão de ser se o disco gira
Escrita é voz sem som que não se evola
Somente a imaginação controla
De fato a emoção que a inspira
Eu acho que você também tem alma
Pois interpreta as coisas que eu penso
Principalmente se me foge a calma
Você parece estar um trauma
E mostra fielmente que estou tenso
Estando calmo então é diferente
As letras e mensagens são perfeitas
A mão pega você suavemente
Traçando no papel curvas bem feitas
Relembro as mensagens que escrevemos
Em prosa, verso, frases, orações
Ditamos otimismo, convencemos
Vibramos as paixões, satisfazemos
Com as palavras de nossas canções
Eu vou ficando velho e você gasta
Às vezes a mão treme e você risca
Então eu me concentro mas não basta
E a caligrafia se contrasta,
Não sei quem é de nós quem mais rabisca
Já não nos vemos com intensidade
Meus dias são menores que os seus
Mas deixaremos pra posteridade
Escritos nos postais da eternidade
O fim de outro começo: NOSSO ADEUS.
sábado, 26 de março de 2011
MEU ESPÍRITO PARCEIRO
Por: Kener Pereira Coutinho Neves
(Benoni Coutinho Neves) - 81
(A. de Castro Alves)
Você, meu grande amigo que me inspira
Que sempre dirigiu a minha mão
Que divulgar o belo sempre aspira
E faze-o cada vez com perfeição
Que tenhas a virtude aprimorada
E juntamente com teu camarada
Prossigas nesta tão feliz missão
Que bom é tê-lo como parceiro
Nos belos versos que hoje produzimos
Desde o primeiro verso, bem rasteiro
Buscando a perfeição nos conduzimos
Agora nós podemos afirmar
Covíctos, sem medo de errar:
Graças a Deus! Nós sempre evoluímos
(Benoni Coutinho Neves) - 81
(A. de Castro Alves)
Você, meu grande amigo que me inspira
Que sempre dirigiu a minha mão
Que divulgar o belo sempre aspira
E faze-o cada vez com perfeição
Que tenhas a virtude aprimorada
E juntamente com teu camarada
Prossigas nesta tão feliz missão
Que bom é tê-lo como parceiro
Nos belos versos que hoje produzimos
Desde o primeiro verso, bem rasteiro
Buscando a perfeição nos conduzimos
Agora nós podemos afirmar
Covíctos, sem medo de errar:
Graças a Deus! Nós sempre evoluímos
O VAGABUNDO
Por: Kener Pereira Coutinho Neves
(Benoni Coutinho Neves) - 82/83
Peranbulndo segue o vagabundo
A sua mente é o seu próprio mundo
Limites do seu ''eu''
Foge ao desgosto por não haver nascido
Maldiz o ventre por não haver parido
Um reles fariseu
Varando as brumas, pés e mãos dormentes
Cortina espessa ante olhos ardentes
Presente sem porvir
Predestinado pela própria sorte
Metade em vida, o resto após a morte
Sem a razão ouvir
Rotos andrajos, a magrém mostrando
Matula imunda os ombros escorchando
A fome a torturar
Sem prever tempo nem medir espaço
A língua seca, o peito em mormaço
A sede a castigar
Se arde o sol, a sombra é seu castelo
Se cai s chuva, o toldo é seu anelo
Por cama tem o chão
Os cães vadios são seus companheiros
E os moleques, grandes flibusteiros
Malvados por paixão
Segue em seus passos, amaldiçoado
Já que negou-se a ser abençoado
Na vida anterior
Embutecido e preso à maldade
Não mais acalentou felicidade
Em seu interior
Mas toda pedra aceita um buril
E a entidade embora seja vil
Se lembra de Jesus
Nenhum Diado é mau eternamente
Quanto mais negro é o ambiente
Mais se difunde a luz
A Eternidade espera o tempo todo
Até o espírito sair do lado
Exausto de sofrer
E o livre arbítrio gera o próprio carma
Entre as ciladas que a vida arma
E o senso do dever.
(Benoni Coutinho Neves) - 82/83
Peranbulndo segue o vagabundo
A sua mente é o seu próprio mundo
Limites do seu ''eu''
Foge ao desgosto por não haver nascido
Maldiz o ventre por não haver parido
Um reles fariseu
Varando as brumas, pés e mãos dormentes
Cortina espessa ante olhos ardentes
Presente sem porvir
Predestinado pela própria sorte
Metade em vida, o resto após a morte
Sem a razão ouvir
Rotos andrajos, a magrém mostrando
Matula imunda os ombros escorchando
A fome a torturar
Sem prever tempo nem medir espaço
A língua seca, o peito em mormaço
A sede a castigar
Se arde o sol, a sombra é seu castelo
Se cai s chuva, o toldo é seu anelo
Por cama tem o chão
Os cães vadios são seus companheiros
E os moleques, grandes flibusteiros
Malvados por paixão
Segue em seus passos, amaldiçoado
Já que negou-se a ser abençoado
Na vida anterior
Embutecido e preso à maldade
Não mais acalentou felicidade
Em seu interior
Mas toda pedra aceita um buril
E a entidade embora seja vil
Se lembra de Jesus
Nenhum Diado é mau eternamente
Quanto mais negro é o ambiente
Mais se difunde a luz
A Eternidade espera o tempo todo
Até o espírito sair do lado
Exausto de sofrer
E o livre arbítrio gera o próprio carma
Entre as ciladas que a vida arma
E o senso do dever.
terça-feira, 8 de março de 2011
RÉQUIEM PARA LUIZ GONZAGA
Por: Kener Pereira Coutinho Neves
(Benoni Coutinho Neves) - 84
Pelas caatingas, Acauã somente chora
O Assum Preto já não canta no estradão
O Boiadeiro soluçando vai embora
E em seu aboio, ao bom ''Padim Ciço'' implora
Que ele console a agonia do sertão
Só se escuta o gemido da Asa Branca
Dilacerando o coração de todo o agreste
O pajeú encheu-se da lágrima franca
Que cascateia quando do peito se arranca
Um ser querido, nobre filho do Nordeste
Sua sanfona está silente; na orfandade
Mas o seu som, a sua voz, ninguém apaga
Noutra missão ele estará; na Eternidade
Levando a outros irmãos à felicidade
Que nos legou. - O IMORTAL LUIZ GONZAGA.
(Benoni Coutinho Neves) - 84
Pelas caatingas, Acauã somente chora
O Assum Preto já não canta no estradão
O Boiadeiro soluçando vai embora
E em seu aboio, ao bom ''Padim Ciço'' implora
Que ele console a agonia do sertão
Só se escuta o gemido da Asa Branca
Dilacerando o coração de todo o agreste
O pajeú encheu-se da lágrima franca
Que cascateia quando do peito se arranca
Um ser querido, nobre filho do Nordeste
Sua sanfona está silente; na orfandade
Mas o seu som, a sua voz, ninguém apaga
Noutra missão ele estará; na Eternidade
Levando a outros irmãos à felicidade
Que nos legou. - O IMORTAL LUIZ GONZAGA.
sábado, 26 de fevereiro de 2011
PRECE DE UM FILHO ADOTIVO
Por: Kener Pereira Coutinho Neves
(Benoni Coutinho Neves) - 85
Senho do céu, da terra e dos mares
Tú que fizestes a lua, o sol, os ares
A natureza, a fauna e tudo mais
Me deste a vida, a paz, a humildade
E completaste esta felicidade
Com o amor que tenho dos meus pais
Bem sei que são os meus pais adotivos
Por isso nossos laços afetivos
Transcedem muito além da obigação
Por ser sublime como nos amamos
Eu creio que também compartilhamos
A vida numa outra encarnação
Nascer é a evidência de um mistério
Viver é confirmar um desidério
Morrer é o suplício dos ateus
Gerar é possuir ventre fecundo
Parir é demonstrar amor ao mundo
Criar é devotar amor a Deus
Por isto, Pai Eterno, eu te agradeço
E quero confirmar o meu apreço
Com a alma cheia de sinceridade
Que sejam os meus pais muito felizes
Que seja eu o filho que bemdizes
Que juntos vivamos a Eternidade.
(Benoni Coutinho Neves) - 85
Senho do céu, da terra e dos mares
Tú que fizestes a lua, o sol, os ares
A natureza, a fauna e tudo mais
Me deste a vida, a paz, a humildade
E completaste esta felicidade
Com o amor que tenho dos meus pais
Bem sei que são os meus pais adotivos
Por isso nossos laços afetivos
Transcedem muito além da obigação
Por ser sublime como nos amamos
Eu creio que também compartilhamos
A vida numa outra encarnação
Nascer é a evidência de um mistério
Viver é confirmar um desidério
Morrer é o suplício dos ateus
Gerar é possuir ventre fecundo
Parir é demonstrar amor ao mundo
Criar é devotar amor a Deus
Por isto, Pai Eterno, eu te agradeço
E quero confirmar o meu apreço
Com a alma cheia de sinceridade
Que sejam os meus pais muito felizes
Que seja eu o filho que bemdizes
Que juntos vivamos a Eternidade.
CONTABIL - IDADE
Por: Kener Pereira Coutinho Neves
( Benoni Coutinho Neves ) 86/87/88
(Aos meus filhos Kener, Kilder e Kilson)
Pensando na viagem que farei
Um dia bem distante ou brevemente
Deixar esta mensagem imaginei
Aos meus três filhos a quem tanto amei
E amarei espiritualmente
A vida nos dá o que merecemos
As vezes muito mais do que nós precisamos
As vezes menos do que nós queremos
Já deduzido o que nós devemos
Temos a sobra: - o que nós ganhamos
Os ganhos, como em contabilidade
Também ocorrem serem negativos
Depende aí da credibilidade
Ser bem menor que a debilidade
Com que são contruídos os ativos
Não sei se ao findar minha existência
Terei meu somatório positivo
Mas sei que não chegarei à falência
Três jóias lapidei com paciência
Vocês; meu patrimônio redivivo!
Não deixo muitos bens materiais
Somente o necessário prá viver
Prá mim, as coisas espirituais
De todas elas são as principais
São os valores que devemos ter
Se procurei fazê-los estudar
Foi preparando-os para o futuro
Um dia sei que vocês vão pensar:
''Que bom foi o papai nos obrigar
A levantar com o dia ainda escuro''
São estas as verdadeiras riquezas
Que deixo prá vocês com muito amor
Jamais alguém usando de vilezas
Conseguirá roubar estas grandezas
Que conquistaram com todo louvor
Se alguma coisa às vezes não comprava
Sabendo que um de vocês queria
Era porque do ganho não sobrava
Porém o necessário não faltava
Eu tinha fé que nunca faltaria
Por certo precisarão de conselhos
Depois que deste mundo eu for ausente
Que meus exemplos sejam como espelhos
E em outro plano estrarei de joelhos
Agradecendo a Deus onipresente
Um pai que ama os filhos como eu
Que prá dar-lhes conforto vai à luta
Feliz aceita o carma que Deus deu
E cada dia tem seu jubileu
Ao retomar cansado da labuta
Desculpem quando dei mais atenção
Ou fui com algum bem mais coerente
É que a minha preocupação
E que de fato me dá comoção
É quando um de vocês astá doente
Meu primogênito, a minha imagem
Minha cópia fiel; você Keninho!
O outro, inteligente, olhar selvagem
É Kilder: a melhor camaradagem.
O Kilson é o grande menorzinho
Seis braços mutuamente se ajudando
Três mentes pensando em fazer o bem
Três almas fraternamente se amando
A minha prole se multiplicando
O meu espírito dizendo AMÉM!
( Benoni Coutinho Neves ) 86/87/88
(Aos meus filhos Kener, Kilder e Kilson)
Pensando na viagem que farei
Um dia bem distante ou brevemente
Deixar esta mensagem imaginei
Aos meus três filhos a quem tanto amei
E amarei espiritualmente
A vida nos dá o que merecemos
As vezes muito mais do que nós precisamos
As vezes menos do que nós queremos
Já deduzido o que nós devemos
Temos a sobra: - o que nós ganhamos
Os ganhos, como em contabilidade
Também ocorrem serem negativos
Depende aí da credibilidade
Ser bem menor que a debilidade
Com que são contruídos os ativos
Não sei se ao findar minha existência
Terei meu somatório positivo
Mas sei que não chegarei à falência
Três jóias lapidei com paciência
Vocês; meu patrimônio redivivo!
Não deixo muitos bens materiais
Somente o necessário prá viver
Prá mim, as coisas espirituais
De todas elas são as principais
São os valores que devemos ter
Se procurei fazê-los estudar
Foi preparando-os para o futuro
Um dia sei que vocês vão pensar:
''Que bom foi o papai nos obrigar
A levantar com o dia ainda escuro''
São estas as verdadeiras riquezas
Que deixo prá vocês com muito amor
Jamais alguém usando de vilezas
Conseguirá roubar estas grandezas
Que conquistaram com todo louvor
Se alguma coisa às vezes não comprava
Sabendo que um de vocês queria
Era porque do ganho não sobrava
Porém o necessário não faltava
Eu tinha fé que nunca faltaria
Por certo precisarão de conselhos
Depois que deste mundo eu for ausente
Que meus exemplos sejam como espelhos
E em outro plano estrarei de joelhos
Agradecendo a Deus onipresente
Um pai que ama os filhos como eu
Que prá dar-lhes conforto vai à luta
Feliz aceita o carma que Deus deu
E cada dia tem seu jubileu
Ao retomar cansado da labuta
Desculpem quando dei mais atenção
Ou fui com algum bem mais coerente
É que a minha preocupação
E que de fato me dá comoção
É quando um de vocês astá doente
Meu primogênito, a minha imagem
Minha cópia fiel; você Keninho!
O outro, inteligente, olhar selvagem
É Kilder: a melhor camaradagem.
O Kilson é o grande menorzinho
Seis braços mutuamente se ajudando
Três mentes pensando em fazer o bem
Três almas fraternamente se amando
A minha prole se multiplicando
O meu espírito dizendo AMÉM!
segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011
O MAQUINISTA
Por: Kener Pereira Coutinho Neves
( Benoni Coutinho Neves ) - 89/90
''Seu'' Maquinista
Me desculpe incomodá-lo
É que sofri um abalo
Quando meu amor partiu
Sem ter motivos
Ela arrumou a mala
Eu fiquei pasmo, sem fala
Quando ví que ela sumiu
Saiu correndo
Se mandou prá estação
Tomou a composição
Foi embora prá cidade
Junto com ela
Foi embora meu sossêgo
Não existe mais apêgo
Com as coisas desta vida
Grande desgosto
Se apoderou de mim
O início do meu fim
Começou nesta partida
Eu esperei
Pensando que ela voltava
Crendo que ela me amava
Que foi só mal entendido
Mas já faz tempo
Nós estamos com saudade
Não tem mais felicidade
Nosso lar está destruído
''Seu'' Maquinista
Ela tomou o seu trem
Viajou prá muito além
Eu não sei onde ela está
Por isso eu peço
Ao senhor, ''seu'' Maquinista
Que me dê alguma pista
Em qual estação desceu
Aqui está
O dinheiro da passagem
Leve-me nesta viagem
Só voltamos ela e eu.
( Benoni Coutinho Neves ) - 89/90
''Seu'' Maquinista
Me desculpe incomodá-lo
É que sofri um abalo
Quando meu amor partiu
Sem ter motivos
Ela arrumou a mala
Eu fiquei pasmo, sem fala
Quando ví que ela sumiu
Saiu correndo
Se mandou prá estação
Tomou a composição
Foi embora prá cidade
Junto com ela
Foi embora meu sossêgo
Não existe mais apêgo
Com as coisas desta vida
Grande desgosto
Se apoderou de mim
O início do meu fim
Começou nesta partida
Eu esperei
Pensando que ela voltava
Crendo que ela me amava
Que foi só mal entendido
Mas já faz tempo
Nós estamos com saudade
Não tem mais felicidade
Nosso lar está destruído
''Seu'' Maquinista
Ela tomou o seu trem
Viajou prá muito além
Eu não sei onde ela está
Por isso eu peço
Ao senhor, ''seu'' Maquinista
Que me dê alguma pista
Em qual estação desceu
Aqui está
O dinheiro da passagem
Leve-me nesta viagem
Só voltamos ela e eu.
MINHA BAGAGEM
Por: Kener Pereira Coutinho Neves
( Benoni Coutinho Neves ) - 91
Quando o Senhor chamar-me ao fim desta missão
para fazer a minha última viagem
Eu pedirei a Ele com viva emoção
Que me consinta levar pequena bagagem
Três objetos levarei com muito amor
Pois me acompanham durante a vida inteira
Estão presentes na alegria e na dor
E estarão também na hora derradeira
Minha bengala para as tilhas percorrer
Meu violão, para acompanhar meus sons dispersos
E quando em vez a inspiração aparecer
Minha caneta, pra ajudar-me a fazer versos.
( Benoni Coutinho Neves ) - 91
Quando o Senhor chamar-me ao fim desta missão
para fazer a minha última viagem
Eu pedirei a Ele com viva emoção
Que me consinta levar pequena bagagem
Três objetos levarei com muito amor
Pois me acompanham durante a vida inteira
Estão presentes na alegria e na dor
E estarão também na hora derradeira
Minha bengala para as tilhas percorrer
Meu violão, para acompanhar meus sons dispersos
E quando em vez a inspiração aparecer
Minha caneta, pra ajudar-me a fazer versos.
FILÓSOFO TELÚRICO
Por: Kener Pereira Coutinho Neves
(Benoni Coutinho Neves) - 92/93
Nasceu numa família aristocrática
Que conhecia só momentos lúdicos
Mas que na teoria e na prática
Não demonstrava sentimentos púdicos
Amou só uma vez - amor platônico
A ''pretendida'' se mostrou onírica
E ele sem querer ser anacrônico
Cortou a relação de forma empírica
Tornou-se uma figura carismática
Chegando mesmo a ser esquizofrênico
Com a fronte sempre sorumbática
A antítese do homem fotogênico
Tentou de todo jeito ser eclético
Quem sabe, faria tudo sem mácula
Mas se irritava, ficando apoplético
Com os olhos injetados como um Drácula
Pensou em isolar-se num pináculo
Criando para sí um mundo idílico
Ousou ouvir mensagens de um oráculo
Mas era pensamento seu: - etílico
E assim desenganado do exotérico
Expôs suas idéias num opúsculo
Eram filosofias de um histérico
Reconhecidamente no crepúsculo
Sonhou sentado na cadeira elétrica
Faria o mesmo, fosse num patíbulo
Sem demonstrar nenhuma expressão tétrica
Findou tal incenso num turíbulo.
(Benoni Coutinho Neves) - 92/93
Nasceu numa família aristocrática
Que conhecia só momentos lúdicos
Mas que na teoria e na prática
Não demonstrava sentimentos púdicos
Amou só uma vez - amor platônico
A ''pretendida'' se mostrou onírica
E ele sem querer ser anacrônico
Cortou a relação de forma empírica
Tornou-se uma figura carismática
Chegando mesmo a ser esquizofrênico
Com a fronte sempre sorumbática
A antítese do homem fotogênico
Tentou de todo jeito ser eclético
Quem sabe, faria tudo sem mácula
Mas se irritava, ficando apoplético
Com os olhos injetados como um Drácula
Pensou em isolar-se num pináculo
Criando para sí um mundo idílico
Ousou ouvir mensagens de um oráculo
Mas era pensamento seu: - etílico
E assim desenganado do exotérico
Expôs suas idéias num opúsculo
Eram filosofias de um histérico
Reconhecidamente no crepúsculo
Sonhou sentado na cadeira elétrica
Faria o mesmo, fosse num patíbulo
Sem demonstrar nenhuma expressão tétrica
Findou tal incenso num turíbulo.
Discriminação
Por: Kener Pereira Coutinho Neves
( Benoni Coutinho Neves )- 94/95
( Benoni Coutinho Neves )- 94/95
Pensei ser bom poder manter a tradição
Participar de tão nobre sociedade
Contribuir, com minha iniciação
Me integrar, me dedicar de coração
Em toda plenitude da fraternidade
Meu bisavô, o meu avô, meu pai também
Todos honraram a irmandade com fervor
Eu esperava conduzir o cetro além
Um acidente ocorreu antes porém
Levando um sonho acalentado com ardor
Ouvi dizer que numa escala de valores
Mede-se o homem pelo que ele tem na mente
Se são perfeitos e justos os seus pendores
Se a família, a Pátria e Deus são seus amores
Ele é um ser patrão indubitavelmente
Discriminar um cidadão trabalhador
Por ele usar um aparelho ortopédico
Faz lembrar Hitler, o ‘’grande ditador’’
Sonhou fazer uma raça superior
E confundiu moral com um problema médico
O Criador, Grande Arquiteto do Universo
Prefere o homem ao invés de rituais
Os estatutos sociais dizem o inverso
Se iniciam com este veto perverso
Defeituoso fisicamente; jamais!
Não sou ‘’profano’’, como pensam alguns ‘’sábios’’
Sei distinguir a coisa séria da asneira
A tradição quebrou, sobraram alfarrábios
A maioria deles presos nos meus lábios
Já não me importa ser chamado de ‘’GOTEIRA’’
Tenho certeza que se os meus ancestrais
Soubessem que eu seria deles descendente
Condenariam este código e jamais
Consentiram os seus nomes nos anais
Onde o perfeito vale mais fisicamente.
Velhos Vultos de um Novíssimo Testamento
Por: Kener Pereira Coutinho Neves
(Benoni Coutinho Neves) - 96/97/98/99/100
Em meio à confusão nasceu o mundo
E pouca coisa até hoje mudou
Ao certo só existe a forma e o fundo
Um solo literalmente fecundo
Em cima a confusão que fecundou
Primeiro foi o nosso pai Adão
Casou-se sem assinar o papel
Não teve infância, já nasceu grandão
Não deu aos filhos boa educação
Daí foi que Caím matou Abel
Moisés quis colocar ordem na casa
Guiando o povo à terra prometida
O mar vermelho quase o arrasa
Mas ele esculpio na pedra em brasa
As leis para uma conduta de vida
Rei Salomão também era juiz
Em casa possuia mil talheres
O que a história até hoje não diz
É se a vida dele era feliz
Diariamente ao ''som'' de mil mulheres
Daví era poeta e guereiro
Lutava para defender seu povo
No tiro ao alvo era o mais certeiro
Não conversava, atirava primeiro
Depois ele escrevia um verso novo
Noé foi capitão de longo curso
Ficou famoso pela sua arca
Salvou da morte até um ''amigo urso''
E outros animais que no decurso
Tiveram quarentena em sua barca
Foi Jó quem amargou com sapiência
A aposta que Deus fez com Satanás
O Diabo duvidou da paciência
Mas mesmo assim Jó não pediu clemência
E Deus passou o Diabo para trás
Quem tinha pressão alta era Ló
Qualquer comida lhe fazia mal
A mulher dele é que não tinha dó
Salgava do angu até o jiló
Daí ela virou estátua de sal
Nabucodonosor, rei jardineiro
Deu à rainha o que ela bem quis:
Da Babilônia fez grande canteiro
Jardins suspensos em todo terreiro
Depois comeu capim pela raiz
Sansão era um gigante cabeludo
Casou-se com Dalila por ser boa
À noite, ela com as mãos de veludo
Raspou-lhe a cabeça, cortou tudo
Os filisteus pegaram ele atoa
Jogaram Daniel em uma cova
Repleta de leões, sem brincadeira!
Por sorte conseguiu vencer a prova
Pois os leões, cheirando a carne nova
Sentiram não ser carne de primeira
O Jonas foi um grande pregador
Mas tinha uma mania muito feia:
Dormia muito, era um sonhador
E por desobedecer ao Senhor
Foi parar na barriga da baleia
Paulo de Tarso era um cangaceiro
Vivia perseguindo os cristãos
Mas ao cair de seu burro ligeiro
E ficar cego, embora passageiro
Se arrependeu; tornou-se um dos irmãos
(Benoni Coutinho Neves) - 96/97/98/99/100
Em meio à confusão nasceu o mundo
E pouca coisa até hoje mudou
Ao certo só existe a forma e o fundo
Um solo literalmente fecundo
Em cima a confusão que fecundou
Primeiro foi o nosso pai Adão
Casou-se sem assinar o papel
Não teve infância, já nasceu grandão
Não deu aos filhos boa educação
Daí foi que Caím matou Abel
Moisés quis colocar ordem na casa
Guiando o povo à terra prometida
O mar vermelho quase o arrasa
Mas ele esculpio na pedra em brasa
As leis para uma conduta de vida
Rei Salomão também era juiz
Em casa possuia mil talheres
O que a história até hoje não diz
É se a vida dele era feliz
Diariamente ao ''som'' de mil mulheres
Daví era poeta e guereiro
Lutava para defender seu povo
No tiro ao alvo era o mais certeiro
Não conversava, atirava primeiro
Depois ele escrevia um verso novo
Noé foi capitão de longo curso
Ficou famoso pela sua arca
Salvou da morte até um ''amigo urso''
E outros animais que no decurso
Tiveram quarentena em sua barca
Foi Jó quem amargou com sapiência
A aposta que Deus fez com Satanás
O Diabo duvidou da paciência
Mas mesmo assim Jó não pediu clemência
E Deus passou o Diabo para trás
Quem tinha pressão alta era Ló
Qualquer comida lhe fazia mal
A mulher dele é que não tinha dó
Salgava do angu até o jiló
Daí ela virou estátua de sal
Nabucodonosor, rei jardineiro
Deu à rainha o que ela bem quis:
Da Babilônia fez grande canteiro
Jardins suspensos em todo terreiro
Depois comeu capim pela raiz
Sansão era um gigante cabeludo
Casou-se com Dalila por ser boa
À noite, ela com as mãos de veludo
Raspou-lhe a cabeça, cortou tudo
Os filisteus pegaram ele atoa
Jogaram Daniel em uma cova
Repleta de leões, sem brincadeira!
Por sorte conseguiu vencer a prova
Pois os leões, cheirando a carne nova
Sentiram não ser carne de primeira
O Jonas foi um grande pregador
Mas tinha uma mania muito feia:
Dormia muito, era um sonhador
E por desobedecer ao Senhor
Foi parar na barriga da baleia
Paulo de Tarso era um cangaceiro
Vivia perseguindo os cristãos
Mas ao cair de seu burro ligeiro
E ficar cego, embora passageiro
Se arrependeu; tornou-se um dos irmãos
Herodes foi um grande infanticida
Que não considerou nenhum parente
Com sua alma podre, carcomida
Não respeitou sequer mulher parida
Matando todo macho inocente
Zaqueu era um rico ‘’anão-gigante’’
Queria ver Jesus de todo jeito
Mas como ele não tinha elefante
Fez de uma figueira seu mirante
Jesus fez dele um amigo do peito
Pilatos, juiz inescrupuloso
Lavava as mãos após as decisões
Não via em Jesus um criminoso
Mas consentiu, num gesto odioso
Cruxificá-lo em meio a dois ladrões
José de Arimatéia sepultou
O corpo de Jesus num mausoléu
Com um lençol de linho o embrulhou
Foi este o Sudário que ficou
Retrato de Jesus ao povo incréu
Maria Madalena, a pecadora
Foi a melhor amiga de Jesus
Tornou-se uma mulher sofredora
Ao ver a cena estarrecedora:
O mestre ser pregado numa cruz
O Pedro era um grande mentiroso
Pudera! Ele era pescador
Negou Jesus num gesto vergonhoso
Bem antes do cantar melodioso
Do galo, nosso bom despertador
Sorte mesquinha teve João Batista
O grande pregador, homem de fé
Foi torturado tal qual comunista
E degolado por um ateísta
Satisfazendo a mãe de Salomé
Havia um que era curioso
Seu nome todos sabem: é Tomé
Só vendo acreditava, o tinhoso
Por isso ela ficava furioso
Se alguém chamava-o de ‘’pouca fé’’
Também já existiam beijoqueiros
O judas, um rapaz endividado
Beijou o Mestre por trinta dinheiros
Trocou a amizade entre parceiros
Pela sagacidade de um soldado
O Lucas foi doutor em medicina
Devido a Previdência, foi-se a calma:
Mil filas; nenhuma penicilina!
Largou tudo, tomou uma aspirina
E a partir daí só curou alma
Os demais vultos fogem-me a memória
Um dia os lembrarei, tenho certeza
Então eu contarei a sua história
Quer seja de tristeza ou de glória
Em versos ficarão uma beleza.
Vidas Felizes
Por: Kener Pereira Coutinho Neves
(Benoni Coutinho Neves) - 101
Viver a vida a dois é uma virtude
Compartilhar tristezas e alegrias
É dividir a eterna juventude
Somando amor e amor todos os dias
É ter nos lábios palavras amigas
Nos olhos ter a transmissão de calma
As mão sempre dispostas, sem fadigas
Nos gestos, toda a expressão da alma
É acreditar que falha é só fraqueza
Que as rugas são troféus pelo labor
As cãs são um adorno da beleza
Que até a amargura tem sabor
Viver a vida a dois é ter saudade
Contar os dias que se está distante
É demonstrar na prece a ansiedade
Pelo retorno da pessoa amante
(Benoni Coutinho Neves) - 101
Viver a vida a dois é uma virtude
Compartilhar tristezas e alegrias
É dividir a eterna juventude
Somando amor e amor todos os dias
É ter nos lábios palavras amigas
Nos olhos ter a transmissão de calma
As mão sempre dispostas, sem fadigas
Nos gestos, toda a expressão da alma
É acreditar que falha é só fraqueza
Que as rugas são troféus pelo labor
As cãs são um adorno da beleza
Que até a amargura tem sabor
Viver a vida a dois é ter saudade
Contar os dias que se está distante
É demonstrar na prece a ansiedade
Pelo retorno da pessoa amante
quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011
O Policial
Por: Kener Pereira Coutinho Neves
(Benoni Coutinho Neves) - 102/103/104
Com muito orgulho recebeu a farda
Depois de se alistar no trabalho
Sabia que a sorte as vezes tarda
Mas compensava aquela emoção
Depois de se vestir calçou as botas
Sentiu-se um super-homem realmente
Releu num caderrninho algumas notas
Eram as intruções do ``seu ``tenente
Afivelou o cinto regulado
E nele um cassetete de borracha
Um coldre com a arma, do outro lado
E colocando o quépi pôs-se em marcha
Em casa o recebeu a mãe querida
Que de tanta alegria até chorou
Dois filhos eram toda a sua vida
Depois que o destino a enviuvou
Seguiu para o quintal, abril a porta
Afim de encontrar o irmão querido
Que lá no fundo cuidava da horta
E ao vê-lo abraçou-o comovido
A noite um jantar especial
Depois muitas visitas dos visinhos
E parabéns para o policial;
Um novo homem em novos caminhos
Olhando a noiva ao lado sorridente
Pensou celebrizar este momento
E assim tornou sublime o ambiente
Marcando o dia do seu casamento
Casaram com toda a simplicidade
Formando um casal mais que perfeito
A vida seguiu, só felicidade
Com tudo que os dois tinha direito
Estudo, sacrifício, promoção,
Medalha, trofél por merecimento,
Uma bela carreira em ascensão
Exemplo para todo o regimento
No lar, sua família aumentava:
Um filho completava seu prazer
Além do amor que a esposa devotava
Tudo isso era razão para viver
Somente o destino é quem sabia
Ao certo o que lhe estava reservado
Era uma noite o bom ``praça`` caía
Varado pelas balas de um malvado
Justiça onde estas que não respondes!
A venda nos teus olhos te fez cega?
Ou por detrás da venda ti escondes
Querendo dizer ``sim`` quando se nega?
Será que és de fato prostituta?
Amante que liberta os marginais
Enquanto que nas rondas, na labuta,
Nas ruas, tombam mais policiais?
Foi este mais um caso teu perdido
Pois cometestes outra vez um erro
Um habeas corpus comprado - e vendido
Eo marginal de longe viu o enterro.
(Benoni Coutinho Neves) - 102/103/104
Com muito orgulho recebeu a farda
Depois de se alistar no trabalho
Sabia que a sorte as vezes tarda
Mas compensava aquela emoção
Depois de se vestir calçou as botas
Sentiu-se um super-homem realmente
Releu num caderrninho algumas notas
Eram as intruções do ``seu ``tenente
Afivelou o cinto regulado
E nele um cassetete de borracha
Um coldre com a arma, do outro lado
E colocando o quépi pôs-se em marcha
Em casa o recebeu a mãe querida
Que de tanta alegria até chorou
Dois filhos eram toda a sua vida
Depois que o destino a enviuvou
Seguiu para o quintal, abril a porta
Afim de encontrar o irmão querido
Que lá no fundo cuidava da horta
E ao vê-lo abraçou-o comovido
A noite um jantar especial
Depois muitas visitas dos visinhos
E parabéns para o policial;
Um novo homem em novos caminhos
Olhando a noiva ao lado sorridente
Pensou celebrizar este momento
E assim tornou sublime o ambiente
Marcando o dia do seu casamento
Casaram com toda a simplicidade
Formando um casal mais que perfeito
A vida seguiu, só felicidade
Com tudo que os dois tinha direito
Estudo, sacrifício, promoção,
Medalha, trofél por merecimento,
Uma bela carreira em ascensão
Exemplo para todo o regimento
No lar, sua família aumentava:
Um filho completava seu prazer
Além do amor que a esposa devotava
Tudo isso era razão para viver
Somente o destino é quem sabia
Ao certo o que lhe estava reservado
Era uma noite o bom ``praça`` caía
Varado pelas balas de um malvado
Justiça onde estas que não respondes!
A venda nos teus olhos te fez cega?
Ou por detrás da venda ti escondes
Querendo dizer ``sim`` quando se nega?
Será que és de fato prostituta?
Amante que liberta os marginais
Enquanto que nas rondas, na labuta,
Nas ruas, tombam mais policiais?
Foi este mais um caso teu perdido
Pois cometestes outra vez um erro
Um habeas corpus comprado - e vendido
Eo marginal de longe viu o enterro.
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