Por: Kener Pereira Coutinho Neves
(Benoni Coutinho Neves) - 65/66
Dizem que o tempo foi ao tempo perguntar
Qual é o tempo de que o tempo dispunha
Então o tempo respondeu sem vacilar:
É menos tempo do que o tempo supunha
Levanto o braço e lá está você me olhando
Me avisando que o tempo está correndo
E eu morrendo, já que a vida vai passando
E debitando o tempo que se vai perdendo
Achei você em uma rua empoeirada
Pouco habitada, em um bairro do Recife
Algum patife com a ''cuca'' embreagada
Em disparada fugindo de algum ''xerife''
Me aproximando, segurei-o com firmeza
Uma riqueza que era só minha agora
Foi nesta hora que me veio a ''esperteza''
Com sutileza de repente ''caí fora''
Desta maneira começamos nossa história
Meio simplória mas é a pura verdade
Sem falsidade, guardo tudo na memória
Acho uma glória com pra posteridade
Estamos juntos há bem tempo: - trinta anos
Nunca os profanos viram seu interior
Só mostrador, a caixa e três ponteiros planos
Sem ter engano; você é superior
No seu trabalho, você sempre implacável
Insuportável às vezes chegava a ser
Eu sem poder modificar o inalterával
Imponderável nada podia fazer
Eu também tenho outro relógio: - no meu peito
Meio sem jeito mas está funcionando
Ele parando eu deitarei no eterno leito
E com respeito ouvirei DEUS me chamando
A diferênça é que você o tempo mede
E nada pede além de um pouco de cuidado
Já o ''citado'' mede a vida e nada cede
E tudo impede quando não é bem tratado
Você é algema que o tempo utilizou
E me algemou como escravo a vida inteira
Por brincadeira um ''tique-taque'' colocou
E embelezou seu visual de outra maneira
Já seu colega, creio que nasceu cansado
Vive enfadado, às vezes pregando susto
Não acho justo ter que viver assustado
Mas, conformado vou vivendo a qualquer custo
Pra melhorar um pouco esta situação
Com gratidão levo você ao relojoeiro
Levo primeiro ao Doutor meu coração
Com revisão este poeta fica inteiro.
AGRADEÇO: A Deus - pelo dom das vidas e naturalidade da morte. Aos Amigos - A quem beijo com a alma e abraço com o coração. Ao Meu Violão - Irmão gêmeo que me ajuda a dizer. À Minha Bengala - Querida companheira, que embora inerte, me ajuda a ir. A A. de Castro Alves - Meu espírito parceiro.DEDICO: Aos meus filhos: Kener, Kilder e Kilson. Aos meus netos: Yargo, Thayan, Kevin, Heitor, Letícia, Murilo e aos que virão. Aos demais parentes e amigos.
Agradecimentos Especiais
AGRADECIMENTOS ESPECIAIS: - VALDIR FERREIRA DE SOUZA - O grande ''Azambuja'', o mago da informática, poeta emérito, ninja do mais alto DAN e amigo dileto que teve papel cardinal na preparação, composição e arte final do livro (Diversas Minas de Versos). Para ele os méritos da apresentação visual. - WENCESLAU TEIXEIRA MADEIRA - Cuja a sensibilidade poética por certo o levará ao céu.
Novo e-mail:diversasminasdeversos@gmail.com
Novo e-mail:diversasminasdeversos@gmail.com